Bree, a protagonista de "Transamérica" está a um passo de se, fisicamente, se tornar mulher. Entretanto, antes de decidir fazer a mudança de sexo, como homem, teve um filho, cuja existência é descoberta por acaso, após a morte da mãe. Tão próxima da operação, mas tão longe: justamente na semana da cirurgia, o garoto aparece; Toby surge a partir de uma ligação de uma delegacia em Nova York, para livrar o filho de trás das grades. Para isso, precisa ir até a cidade, mas não tem coragem de, quando finalmente encontra o garoto, contar que é uma transexual, apresentando-se com uma missionária cristã.
Agora, Bree tentará levar Toby a Los Angeles. Neste ponto, o filme evoca a discussão da aceitação familiar, como também a visão da sociedade sobre estes fatores. O transexual deve lidar com o desencaixe social ao qual é submetido e, ainda por cima, é renegado pela própria família. São questões extremamente atuais e relevantes, que tocam ainda outros pontos além da própria discussão de preconceito de gênero. Sendo assim, é imprescindível notar a problemática do domínio do corpo.
Uma questão bastante interessante deve ser notada: sujeitos cis não podem afirmar com propriedade sobre se sentir representados, visto que não vivem a situação apresentada; por outro lado, a questão das dificuldades e do não-domínio do próprio corpo são muito bem retratadas. Dezenas de exames e consultas psicológicas são necessárias para que se torne possível realizar qualquer modificação no corpo. Isto nos traz a seguinte questão: somos mesmo donos do nosso próprio corpo?
Componentes: João Franco, Luciano Santana, Maiane Almeida, Tainara Moraes.
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