domingo, 3 de maio de 2015

Resenha do filme "Transamerica"

            Um tema delicado, à frente do seu tempo, é tratado minuciosamente, de maneira muito natural,  no longa metragem "Transamerica". O filme retrata com louvor a história de uma mulher presa num corpo masculino que opta por fazer uma cirurgia de mudança de sexo e, para isso, precisa de três assinaturas: de um médico, que já possuía; uma jurídica, que também já obtivera; e uma terceira, de uma psicóloga, que é retratada no enredo do filme.
            Bree, a protagonista de "Transamérica" está a um passo de se, fisicamente, se tornar mulher. Entretanto, antes de decidir fazer a mudança de sexo, como homem, teve um filho, cuja existência é descoberta por acaso, após a morte da mãe. Tão próxima da operação, mas tão longe: justamente na semana da cirurgia, o garoto aparece; Toby surge a partir de uma ligação de uma delegacia em Nova York, para livrar o filho de trás das grades. Para isso, precisa ir até a cidade, mas não tem coragem de, quando finalmente encontra o garoto, contar que é uma transexual, apresentando-se com uma missionária cristã.
            Agora, Bree tentará levar Toby a Los Angeles. Neste ponto, o filme evoca a discussão da aceitação familiar, como também a visão da sociedade sobre estes fatores. O transexual deve lidar com o desencaixe social ao qual é submetido e, ainda por cima, é renegado pela própria família. São questões extremamente atuais e relevantes, que tocam ainda outros pontos além da própria discussão de preconceito de gênero. Sendo assim, é imprescindível notar a problemática do domínio do corpo.
            Uma questão bastante interessante deve ser notada: sujeitos cis não podem afirmar com propriedade sobre se sentir representados, visto que não vivem a situação apresentada; por outro lado, a questão das dificuldades e do não-domínio do próprio corpo são muito bem retratadas. Dezenas de exames e consultas psicológicas são necessárias para que se torne possível realizar qualquer modificação no corpo. Isto nos traz a seguinte questão: somos mesmo donos do nosso próprio corpo?

Componentes: João Franco, Luciano Santana, Maiane Almeida, Tainara Moraes.

       RESENHA CRÍTICA DO FILME MINORITY REPORT - A NOVA LEI


      O filme Minority Report ilustra como seria o mundo no futuro, com o enfoque maior para às investigações criminais. Segundo o filme, a partir do ano de 2054, um sistema criado com base nos avanços tecnológicos teria a capacidade de diminuir a taxa de assassinatos, garantindo o combate à violência e a proteção de indivíduos da sociedade. Ao utilizar esse sistema prevencionista, muitos crimes foram evitados na cidade de Washigton. No entanto, existe um dilema que contrapõe a eficiência do sistema: uma pessoa pode ser punida por um crime que ainda não cometeu? Diante disso, podem ser feitas diversas análises dos limites do uso da tecnologia na investigação criminal, principalmente, porque o protagonista do filme descobre diversas fraudes no sistema após sua equipe ter previsto que ele será o próximo a cometer um crime.
        A trama envolve questões relacionadas ao desenvolvimento tecnológico aliado à engenharia genética na resolução de crimes. Assim como abordado no texto “Limites e possibilidades constitucionais à criação do banco de perfis genéticos para fins de investigação criminal no Brasil”, de Carolina Grant, o que se almeja no filme é a criação de banco de perfis genéticos para facilitar o trabalho de investigação policial, assim o material genético recolhido seria comparado com os armazenados em bancos de perfis, identificando mais facilmente o criminoso. Entre as indagações levantadas as mais interessantes são: a dificuldade em achar um equilíbrio entre mecanismos de eficiência na prevenção de crimes e o respeito aos direitos dos cidadãos e até qual ponto os direitos e garantias individuais devem ser sacrificados pela eficiência no combate ao crime.
      Não é surpresa pra ninguém que os avanços da ciência e da técnica já fazem parte da realidade em todas as esferas da sociedade, caracterizando o mundo sob a atual forma, globalizado e com um fluxo enorme e rápido de informações. Neste cenário de avanços a engenharia genética é um ramo que cada vez mais ganha destaque, principalmente sendo reconhecida pelos resultados positivos, como prevenção e cura de doenças, melhoramento genético de certas espécies, identificação de cadáveres e solução em casos penais, exames de DNA são constantemente utilizados para provar a culpa ou inocência de acusados.  Por isso surge à questão abordada no filme, onde cresce a repercussão das ficções que envolvem a utilização da tecnologia nas investigações criminais. Este configura um estágio mais avançado, pois não seriam apenas exames para punir, mas sim para prever indivíduos que cometeriam os crimes.
    Voltando ao filme, não há crimes em Washington graças ao sistema criado para monitorar as pessoas e prever quando elas irão cometer crimes, devido ao sucesso essa lei toma espaço e passa a fazer parte da realidade dos cidadãos. Assim, acontece também com o uso da genética na resolução dos casos penais atualmente, onde há condenação com base em banco de DNA de criminosos. Por ter sucesso, a tendência é que a sociedade tome como verdade e confie plenamente nesses métodos, mas como qualquer outra coisa estes também são passíveis de erros. No filme o chefe da Divisão Pré-Crime entra na lista dos futuros assassinos e sabendo que será preso por isso, ele começa uma corrida contra o tempo para descobrir o que irá acontecer e porque irá matar alguém. Todo o filme dirá em torno desta investigação que termina com o assassinato que ele mesmo previu. Ele é preso e depois sua esposa o ajuda a sair e identificar outro líder do sistema como sendo o culpado e manipulador do sistema. Assim podemos perceber que existem limites no uso da tecnologia. E assim como houve erro na ficção, há erros também na realidade como no caso publicado pelo Jornal O Globo, onde Israel de Oliveira foi confirmado através dos exames e do reconhecimento da vítima que era responsável por um estupro que na verdade não havia cometido e passou 5 anos preso injustamente.
         No entanto, não se pode deixar de reconhecer que estas técnicas são de extrema importância e sua eficácia pode ser facilmente observada na resolução de diversos crimes, a criação dos bancos de perfis genéticos forma um histórico importante dos criminosos e podem ser consultados sempre que necessário. No caso do Brasil, a lei garante a criação do banco de DNA de condenados por crimes violentos, esta torna obrigatória à identificação genética, por meio de DNA, de condenados por crimes hediondos ou crimes violentos contra a pessoa, como homicídio, estupro, entre outros. O objetivo é utilizar os dados colhidos nas investigações de crimes cometidos por quem tem ficha na polícia. A polícia poderá requisitar ao juiz o acesso ao banco de dados. Os perfis genéticos são montados por meio da análise de amostras recolhidas em cenas de crime, como sangue, fios de cabelo, ossadas, entre outros, que são conhecidos como vestígios forenses. Com eles, é possível tentar individualizar o perfil de quem seria o criminoso, técnica muito importante para as investigações.
     Este é mais um exemplo de filme que coloca em cheque o desenvolvimento da tecnologia em favor da sociedade e ao mesmo tempo quais devem ser os limites da mesma para que não haja equívocos, o filme deixa um alerta importante que a tecnologia mal empregada pode trazer graves prejuízos à sociedade. A tecnologia é sim um bem utilizado para a melhoria da sociedade, mas não pode ser sempre tida como verdade absoluta.

Equipe: Íngrid Rodrigues, Jéssica Vieira, Mariana Lacerda, Michelle Vilas, Rafaela Agapito e Ygor Uzêda.

RESENHA: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças

O filme Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças faz uma associação do ser humano com uma máquina qualquer capaz de armazenar dados e informações, pois nele, através de descobertas científicas e avanços tecnológicos, o ser humano tem a possibilidade de apagar da sua memória lembranças e sentimentos indesejáveis. 
Após o fim de um relacionamento contubardo, e com sensação de fracasso, Clementine, decide se submeter a um tratamento experimental onde todas as experiências vividas ao lado de Joel, personagem pricipal do filme, serão deletadas (assim como numa máquina) da sua memória. Ao descobrir tal iniciativa, Joel decide também esquecê-la, submetendo-se tambem ao mesmo processo experimental. Porém, um problema começa o afligir o personagem, pois ao ver as lembranças da amada sendo apagadas da sua memória, ele começa uma luta incessante para driblar os efeitos da máquina. Para isso Joel desenvolve uma metodologia em que leva Clementine para lembranças em que ela nunca esteve, para que estas imagens falsas sejam aniquiladas e não as verdadeiras.
A humanidade nunca esteve tão consciente acerca da dor e do seu próprio fim como na cultura moderna, buscamos de todas as maneiras meios de escaparmos das experiências dolorosas e tristes, direcionando nossas vidas para atividades que nos proponham prazer, daí a participação da tecnologia nas nossas vidas. Sendo assim, os avanços tecnológicos nos proporcionaram em muitas circunstâncias um aprimoramento da qualidade de vida, favorecendo assim a dinamização do tempo para o seu uso em atividades mais aprazíveis, bem como, para realizar o alívio de certas pressões diárias, como no caso do filme, onde a tecnologia se insere na realização do desejo dos indivíduos
É importante salientar que além de abordar o tema de tecnologia, o filme termina com uma surpreendente desfecho, onde é evidente a humanização dos personagens principais, pois apesar de se submeterem ao tratamento genético, optam por driblar tal experimento e recomeçar, mostrando que os sentimentos humanos conseguiram resistir à intervenção tecnológica.

Referência:
A liquidez do homem pós-moderno. http://filosofiacienciaevida.uol.com.br. 
Acessado em: 02 de maio de 2015, 18:30 h.


Componentes: Airloine Assis, Kézia Amorim, Naiara Rodrigues e Ravena Sousa.


RESENHA DO FILME HER(ELA)

Componentes: Bruna Rocha, Driele Santana, Jaqueline Oliveira e Nadiane Cordeiro

Resenha do Filme Her (Ela):
Atualmente, vivemos em uma sociedade onde é quase impossível viver longe dos meios tecnológicos e com o seu grande avanço, cada vez mais é notável o quanto os seres humanos sentem a necessidade de estarem inserido neste espaço, julgando isso como algo de extrema importância. Visto isso é possível se fazer uma reflexão, afinal se o mundo já vive desta maneira sem ao menos as maquinas possuírem uma inteligência artificial, imagine como seria se elas possuíssem? E assim, o filme Ela retrata isso tendo como pano de fundo a tecnologia onde a trama conta a inusitada historia do relacionamento entre Theodore e o seu sistema operacional de alta tecnologia que é capaz de compreender tudo que esta a sua volta, comunicar-se com seu dono tendo como base os seus desejos e anseios pessoais. Como Theodore passava por um triste momento da sua vida, o sistema operacional era a companhia que ele necessitava para o momento.
Encontro, reuniões entre amigos ou companheiro amoroso são cada vez mais raros, devido à sociabilidade impulsionada pelas tecnologias e uso de diversas redes sociais. Ambas, vem proporcionando uma rápida interação entre pessoas de qualquer lugar do mundo. Neste contexto, o celular ocupa um lugar de destaque no dia a dia do individuo, sendo considerada uma preciosidade e indispensável a qualquer momento. No filme, Theodore se depara com um novo sistema operacional de inteligência artificial, e de forma inusitada começa um relacionamento com Samantha (a voz do S.O.). Este sistema operacional possui como característica diferencial dos demais a capacidade de aprender com a experiência existente da inteiração com os indivíduos. No artigo “Do amor em tempões de internet: Análise sociológica das relações amorosas mediadas pela tecnologia” ele também vem discutindo a problemática sobre a possibilidade da construção de relacionamentos amorosos pela Internet. Ademais, o mesmo ainda retrata os motivos que levam a busca de relacionamento amoroso via ambiente virtual, mostrando as praticas experimentada pelos usuários e a sociabilidade amorosa no âmbito da internet que é uma pratica que só está iniciando e ainda tem muito caminho pela frente, assim provocando mudanças na sociedade.
Quando nos referimos a relacionamento amoroso, logo nos remente a uma complexidade de toda construção humana, assim analisamos também que os valores constituintes dos relacionamentos amorosos contemporâneo estão se perdendo, mais alguns casais ainda se mantêm de acordo com alguns critérios como confiança, respeito, afeto, satisfação sexual e implicação mútua na manutenção da relação. Entretanto muitos procuram estabelecer relacionamentos via internet, já que facilita na comunicação, pois muitos têm dificuldade de ter uma relação face a face e pelo simples fato de não exigir a necessidade de contemplar os critérios das relações tradicionais, além de facilitar o rompimento do relacionamento a qualquer momento sem ter que dar satisfações, pois a distância permite tornar este evento menos carregado de sentimentos, não propiciando culpa ou dívida, este é um tipo de relacionamento marcado pelo individualismo.
No filme Her (Ela), foi perceptível um relacionamento inusitado, diferente de uma relação por meios tecnológicos que envolvem dois seres humanos, apesar de não estarem face a face, tratasse de um homem e uma inteligência artificial, que acabam vivendo um relacionamento amoroso. É intrigante e questionável, do possível ou do impossível, complicado de se aceitar e entender, já que relacionamento via internet já são contraditórios imagine nesta vertente.
Em um mundo marcado pela velocidade e o passageiro, tanto das coisas matérias quanto das relações humanas, notamos que a tecnologia virtual se resume apenas como mais um instrumento na busca por parceiros reproduzindo as características da sociedade contemporânea. Porém essa sociabilidade amorosa via internet tende a sofrer mudanças, pois ganha novos significados a partir da utilização e experiência de seus usuários, lembrando que no contexto da sociabilidade o que se comercializa são as emoções, a possibilidade de encontrar o parceiro desejado, de maneira rápida, segura e com satisfação garantida. Assim analisamos que esse tipo de relação abordada no filme, nunca será 100% completa, já que não haverá o preenchimento completo de uma relação tradicional, real, face a face.

Referência:

 NASCIMENTO, Carlize Regina Ogg. Do amor em tempos de internet: análise sociológica das relações amorosas mediadas pela tecnologia. Curitiba, 2007.
               Minority Report - A Nova Lei


Minority Report - A Nova Lei
Lançamento (2h25min
Dirigido por
ComWilliam MapotherPaul WesleyTom Cruise mais
GêneroFicção científica
NacionalidadeEUA

                                                           Sinopse :

No ano de 2054 há um sistema que permite que crimes sejam previstos com precisão, o que fez com que a taxa de assassinatos caísse a zero. O problema começa a acontecer quando o detetive John Anderton, um dos principais agentes no combate ao crime, descobre que foi previsto um assassinato que ele mesmo irá cometer, colocando em dúvida sua reputação ou a confiabilidade do sistema.                                   

                                                                    

                                                            Trailer: 

                                        
               

sábado, 2 de maio de 2015

HER - ELA

Ano de lançamento: 2013
Duração: 126 min
Gênero: Drama, Romance, Ficção Científica 
País/idioma:
Direção e Roteiro: Spike Jonze Com Joaquin Phoenix, Scarlett Johansson, Amy Adams













Sinopse:
Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador. Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa informático, dando início a uma relação amorosa entre ambos. Esta história de amor incomum explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia.

                                                                 Trailer de Her: